No início da minha carreira como professor de inglês, preparava as aulas baseadas quase que única e exclusivamente em dois pilares básicos: gramática e vocabulário. Pensava que toda aula precisava de um vocabulário controlado, ligado a um tema da aula, e uma espécie de “chão” gramatical para que o aluno aprendesse aquilo e somente aquilo.
Com a experiência, fui vendo que esse modelo de aula limitava o aluno mais interessado, reprimia opiniões e pensamento que iam além do “cercadinho” que eu insistia em preparar. Descobri, também, que essa preparação visava não só controlar o aluno, mas também me dar certo conforto, já que eu centralizava o controle da aula, sem imprevistos, pouca chance de dar errado.
Uma coisa que sempre deixa o professor desconfortável e chateado mesmo é uma aula ruim. Tenha certeza disso, caro aluno e cara aluna: nós, professores, percebemos quando uma aula não sai de acordo com o planejado, acaba sendo chata para os alunos e para os próprios professores! Eu, então, percebi que a maioria das vezes a aula ficava chata por minha culpa. O meu plano controlador tornava a aula assim.
Eu usei a palavra “imprevistos” ali em cima e é essa, justamente, a palavra-chave para uma aula caótica – no bom e no mau sentido – e isso é ótimo! A aula na qual os alunos se engajam e discutem é, para mim, hoje, uma das mais importantes! Por isso, geralmente, estruturas como because, I think that..., In my opinion..., I prefer this to that… são trabalhadas logo no começo do curso, porque entendi o quão importante é para o aluno tomar para si o controle da língua, saber que o inglês – como qualquer outra língua – pertence a ele também e não apenas ao professor! Improvisação, eventuais erros gramaticais e, acima de tudo, opiniões são primordiais e fundamentais para uma aula de sucesso!
Então... what’s your opinion about it?
Comments