Muitos aqui já devem saber pelo texto A Irlanda que eu conheci (clique no link para ler) que eu fui intercambista em 2013, na minha primeira viagem internacional. Percebi que é possível ser feliz fora do Brasil, que nosso país (e nossa língua) é riquíssimo, que brasileiros podem se ajudar - mas também "se atrapalhar" - lá fora.... enfim. Minha perspectiva se abriu de uma forma que eu nunca poderia ter imaginado, não fosse a experiência vivida, de fato.
Mas hoje não quero falar de mim. Hoje quero falar dos meus alunos e alunas que são ou estão se preparando para ser intercambistas, isto é, brasileiros que vão morar no exterior por um determinado período de tempo, em geral com o intuito de estudar e conhecer novas línguas, culturas ou se aprofundar em sua área de interesse. Quero compartilhar aqui com vocês, leitores e leitoras, alguns relatos que tenho recebido, pois acho que podem ser úteis para que vocês entendam o quão tranquilo o aprendizado de inglês pode ser.
- Relato 1: um aluno meu que atualmente mora em Malta disse que o que ele mais usa em inglês no seu dia-a-dia se resume a, segundo ele, umas 20 palavras! Exemplos: hi, good morning/ afternoon/ evening, yes, no, please, thank you, Can I...?, Can you...?, Do you...?, Are you...?. Ele diz que, fora essas estruturas, a variação de vocabulário de acordo com o contexto é o que mais o desafia, mas que, de fato, consegue se virar muito bem com seu inglês intermediário!
- Relato 2: aluno meu da área de Tecnologia da Informação, residente em Portugal há cerca de 10 meses, trabalha numa empresa com muitos estrangeiros e comunicação se faz, basicamente, em inglês. Isso significa que ele está exposto a vários sotaques diferentes. Ele disse que num primeiro momento essa mistura de sotaques parecia ser um problema, mas, logo que acostumou com as pessoas e os ritmos de fala delas, percebeu que o vocabulário e as estruturas usados são basicamente os mesmos todos os dias: comandos, perguntas, comentários, tudo! Ele disse que isso é o suficiente para se comunicar e fazer amigos por lá, mas continua se desafiando para alcançar níveis mais altos (ele é upper-intermediate, algo entre o intermediário e o avançado).
- Relato 3: aluna minha moradora da Escócia há 3 meses. Já teve experiência de estudos no Reino Unido. Teve muita dificuldade com duas coisas inicialmente: o frio e o sotaque escocês. Agora, adotou um método que, segundo ela, é infalível: ela aproveita toda e qualquer oportunidade para praticar seu inglês! Como? Literalmente toda a chance que ela tem, ela veste a máscara de "cara-de-pau" (palavras dela) e puxa assunto. Ela diz que o escocês é menos fechado que o inglês e que, portanto, a conversa flui. Sendo simpática, ela diz que eles não se importam de repetir várias vezes caso ela não entenda algo (Can you repeat, please?").
E assim nós, brazucas, vamos nos adaptando pelo mundo e conquistando nosso espaço. O inglês deve ser aliado e nunca um inimigo!
E você? Numa situação dessas, que estratégia adotaria? Escreve aqui nos comentários e vamos falar sobre isso!
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