Antes de ler esse texto eu quero que você releia o título com atenção. Releu? Então, explico que quando digo "não é para QUALQUER um" não quero dizer que o inglês não é para TODOS. Aliás, pelo contrário: acredito que qualquer língua, como meio fundamental de expressão e comunicação, é e deve ser para todos e todas, de forma plural e democrática. Agora, há maneiras diversas de estudar e aprender algo novo, mas, quando o foco é uma lígua estrangeira, não acho que seja um processo igual aos outros - sem menosprezar outras matérias, lógico - e é por isso que digo que "não é para QUALQUER um".
Por exemplo, teoria e prática, que normalmente são dissociadas no processo de ensino-aprendizagem de um determinado assunto, acabam se misturando quando estudamos uma língua. É difícil se dizer especialista em uma língua de forma teórica sem que haja a prática acompanhando, afinal, a língua é viva, se modifica o tempo todo, numa velocidade que a teoria dificilmente acompanha no mesmo ritmo. É preciso produzir - isto é, praticar - a língua para que seja possível compreendê-la, "pensar" dentro dela, como alguns gostam de dizer...
Estudar um novo idioma não é para qualquer um porque exige continuidade absoluta, e quando digo absoluta quero, sim, ser bastante enfático: a fluência se percebe em dado momento do processo de aprendizagem, mas deve - perdoe o trocadilho - continuar fluindo, ou seja, sendo aperfeiçoada e praticada. Não existe atingir a fluência e acomodar-se nela, abandonando a língua e seu estudo constante, porque a fluência não é um fim, apenas uma etapa.
O estudante de inglês precisa ter esse mindset bem claro em sua jornada para não se desmotivar (falamos disso nesse texto aqui) e seguir firme no seu propósito, se envolver de fato com a língua. Esse é o grande diferencial de estudar uma língua e estudar qualquer outra matéria: saber que é algo para a vida, e não necessariamente uma jornada composta de etapas marcadas como início, meio e fim.
E aí, o inglês é para você?
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